Arritmia cardíaca é uma alteração na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração, que pode provocar alterações no ritmo cardíaco. No Brasil, a doença é responsável por 320 mil mortes súbitas por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. Estima-se que um a cada 10 brasileiros sofra com algum tipo de descompasso nas batidas do coração.
Tipos de Arritmias Cardíacas
De acordo com o médico Cardiologista Fabrício Malmann (CRM 14425 / RQE 8979), existem vários tipos de arritmias cardíacas. Elas se dividem em: taquicardia, que é o aumento dos batimentos cardíacos, e bradicardia, que é caracterizada pela diminuição dos batimentos cardíacos.
Taquicardias
As taquicardias podem ser benignas, como a taquicardia sinusal (aumento fisiológico dos batimentos cardíacos). No entanto, existem também taquiarritmias graves, que podem levar à morte. Entre elas, podemos citar a taquicardia ventricular.
“Um tipo comum de taquiarritmia é a fibrilação atrial, que é a arritmia mais comum no dia-a-dia, principalmente entre os idosos”, explica o médico. A fibrilação atrial está associada a um maior risco de complicações cardiovasculares. Entre eles, insuficiência cardíaca e o risco aumentado de acidente vascular cerebral (AVC).
Bradicardias
Já as bradicardias apresentam uma ampla variabilidade. Podem ser desde fisiológicas (bradicardia sinusal, comum em atletas) até bloqueios atrioventriculares. Estes últimos necessitam de implante de marcapassos cardíacos para manter o batimento cardíaco normalizado.
Quando a arritmia é preocupante?
As arritmias cardíacas podem trazer uma série de complicações graves, inclusive o óbito. Desmaios, insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão, AVC e parada cardíaca são algumas das complicações da doença.
Portanto, as alterações nos batimentos do coração devem ser investigadas ao sinal dos primeiros sintomas. O médico cardiologista é o profissional indicado para avaliar os sintomas e realizar o diagnóstico. Dessa forma, é aconselhável agendar uma consulta.
“Quando a pessoa apresenta sintomas de palpitação, irregularidade dos batimentos cardíacos, “coração acelerado”, deve buscar avaliação médica. Outros sintomas com desmaios, cansaço e dor no peito, são sinais de alerta. Além disso, aqueles que apresentam história na família de morte súbita (sem causa conhecida) em familiares mais jovens ou com história de desmaios, também devem consultar o cardiologista”, alerta Dr. Fabrício Malmann (CRM 14425 / RQE 8979).
Quando procurar atendimento de emergência?
Tanto acelerados quanto lentos, os batimentos cardíacos podem ser sinal de alterações graves no coração. Assim, demandam rapidez no atendimento.
Considera-se batimento cardíaco acelerado quando a pessoa tem mais de 100 batimentos por minuto. Se for um episódio de início agudo e duradouro, associado ou não com sintomas como fraqueza, tontura, desmaios e falta de ar, a pessoa deve procurar atendimento médico de emergência. Se o episódio durar poucos minutos, deve marcar consulta com cardiologista.
É considerado batimento cardíaco lento quando a pessoa tem menos de 60 batimentos por minuto. Essa medição deve ser realizada através do pulso, aparelho de pressão arterial (esfigmomanômetro), oxímetro (aparelho que detecta nível de oxigênio e também batimentos) ou relógio de pulso com detecção de batimentos. Se for episódio de início agudo associado a tontura, fraqueza ou desmaios, deve-se procurar atendimento de emergência. Caso não apresente sintomas associados, deve-se marcar consulta com cardiologista para investigação.
Como é feito o diagnóstico de arritmia cardíaca?
A arritmia cardíaca é diagnosticada pela avaliação dos batimentos cardíacos. Geralmente, a alteração do ritmo cardíaco é identificada em alguns exames cardiológicos. Entre eles, o eletrocardiograma, que é um exame prático e rápido. Outros métodos também são utilizados, como o Holter 24 horas e o teste ergométrico.
“A maneira mais fácil de identificar uma arritmia é através do eletrocardiograma. No entanto, o paciente deve estar apresentando a alteração do ritmo cardíaco durante o exame, o que nem sempre acontece. Assim, caso as alterações dos batimentos cardíacos não sejam registradas no momento do eletrocardiograma ou não sejam duradouras, o paciente precisará realizar outros exames. Nesses casos, o Holter de 24 horas é o mais utilizado.” – Dr. Fabrício Malmann (CRM 14425 / RQE 8979), cardiologista da Clínica Prevencordis.
Os pacientes portadores de marcapasso, cardiodesfibriladores (CDI) ou ressincronizadores contam com o recurso de gravação dos batimentos cardíacos desses dispositivos. Assim, o cardiologista pode fazer uso dos registros para detectar a presença de arritmias. Atualmente, existem alguns relógios de pulso que também podem detectar arritmias cardíacas.
Tratamento da Arritmia Cardíaca
Com o diagnóstico da causa da arritmia confirmado, o médico cardiologista é capaz de conduzir o tratamento mais adequado. Cada arritmia cardíaca tem um tipo específico de tratamento.
No caso de arritmias benignas e pouco frequentes, o tratamento varia desde acompanhamento clínico sem medicação até o uso regular de medicamentos. Geralmente, a adoção da medicação destina-se a evitar ou controlar novos episódios de arritmia.
No entanto, em casos mais complexos, alguns procedimentos também podem fazer parte do tratamento da arritmia. Entre eles,o implante de marcapassos ou cardiodesfibriladores, a cardioversão elétrica (popularmente conhecida como “choque”) e a ablação. Esta última é um procedimento através de cateteres para identificação e eliminação do foco da arritmia diretamente no coração.
Como vimos, as arritmias cardíacas podem ser benignas ou mesmo bastante graves. Por isso, diante do aparecimento de sintomas, procure um médico cardiologista. A Prevencordis conta com uma equipe de profissionais especializados e que podem lhe ajudar! Conte conosco!