A implantação de um marcapasso cardíaco é um procedimento que tem como principal objetivo regular o ritmo do coração em pacientes com bradicardias (batimentos muito lentos) ou bloqueios cardíacos que colocam em risco a saúde do indivíduo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a European Society of Cardiology (ESC) e a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), o
marcapasso é um recurso seguro e eficaz quando bem acompanhado após a cirurgia. Neste artigo, veremos por que as revisões periódicas com um médico habilitado são essenciais, os riscos de negligenciar esse cuidado e os sinais de preocupação que o paciente deve observar.
O que é um Marcapasso?
O marcapasso é um dispositivo eletrônico implantado cirurgicamente, geralmente na região do tórax, que emite impulsos elétricos para manter o ritmo cardíaco adequado quando o próprio coração não consegue fazê-lo de forma eficiente. Existem diferentes modelos de marcapasso, variando em complexidade e funcionalidade de acordo com a necessidade de cada paciente:
1. Marcapasso de Câmara Única: Atua em apenas uma câmara do coração (geralmente ventrículo).
2. Marcapasso de Dupla Câmara: Atua tanto no átrio quanto no ventrículo, sincronizando as contrações.
3. Marcapasso Biventricular (Terapia de Ressincronização Cardíaca): Mais complexo, indicado em casos de insuficiência cardíaca, melhorando a sincronia do coração.
Cuidados Pós-Implante: O que o Paciente Precisa Saber
1. Revisões Periódicas
Por que são importantes?
Ajuste do dispositivo: O médico avalia se o marcapasso está emitindo os impulsos adequados para o ritmo cardíaco do paciente.
Checagem de bateria: As baterias dos marcapassos têm uma vida útil que pode variar de 5 a 15 anos, dependendo do tipo e do uso. As revisões permitem estimar o tempo restante e planejar eventual substituição.
Identificação de possíveis falhas: Podem ocorrer deslocamento ou desgaste dos eletrodos (fios que conectam o marcapasso ao coração), além de problemas técnicos no dispositivo.
Periodicidade: Geralmente, a primeira revisão acontece poucas semanas após a alta hospitalar e, posteriormente, a cada 3 a 6 meses, conforme orientação médica. Em alguns casos, pode ser necessário um intervalo mais curto.
2. Atividades do Dia a Dia
Limites físicos: Logo após o implante, recomenda-se evitar movimentos bruscos com o braço do lado onde foi implantado o dispositivo, prevenindo tração dos fios.
Retorno aos exercícios: Pode haver restrição momentânea a atividades físicas intensas. Com o tempo, a maioria dos pacientes pode retomar suas rotinas, sempre sob orientação.
Uso de aparelhos eletrônicos: Equipamentos como smartphones, fornos de micro-ondas e tablets raramente interferem no funcionamento do marcapasso moderno, porém é aconselhável manter uma pequena distância (geralmente 15 cm) de imãs ou dispositivos de alta potência.
3. Cartão de Identificação
É fundamental que o paciente mantenha sempre consigo o cartão de identificação do marcapasso, contendo informações sobre o fabricante, o modelo e dados médicos relevantes. Esse documento é essencial em emergências, exames de imagem ou procedimentos cirúrgicos.
Riscos de Não Fazer o Acompanhamento
A negligência no acompanhamento regular pode resultar em complicações sérias, conforme alertam a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) e o Departamento de Arritmias da SBC:
Mal funcionamento do dispositivo: Ajustes incorretos ou falha da bateria podem levar a bradicardias ou taquicardias indesejadas.
Desgaste ou deslocamento de eletrodos: Se não detectados precocemente, podem causar falta de estimulação adequada do coração ou até perfuração em casos extremos.
Eventos arrítmicos não identificados: Em pacientes que também tenham outras condições cardíacas, as revisões podem detectar arritmias adicionais que requerem tratamento.
Além disso, os marcapassos mais modernos contam com recursos de monitoramento remoto que podem enviar informações ao médico de forma contínua, permitindo ajustes e orientações mais precisas. Deixar de utilizar esses recursos pode atrasar a identificação de falhas ou eventos arrítmicos.
Sinais de Preocupação
É fundamental que o paciente e seus familiares estejam atentos a qualquer sintoma que possa sugerir um problema no marcapasso:
1. Tonturas ou Desmaios (Síncope): Indicam que o coração pode não estar recebendo estímulos elétricos adequados.
2. Fadiga e Falta de Ar Incomuns: Podem indicar ritmo cardíaco insuficiente para as demandas do organismo.
3. Palpitações ou Batimentos Irregulares: Sensação de coração acelerado ou falhas no batimento.
4. Dor ou Inchaço na Região do Implante: Podem ser sinais de infecção ou deslocamento do dispositivo.
5. Sensação de Choque ou Vibração Anormal: Em marcapassos com função de desfibrilador (CDI), pode ocorrer descarga não apropriada.
Caso surjam esses sintomas, é indispensável procurar avaliação médica imediatamente.
Como a Prevencordis Pode Ajudar
Na Prevencordis, oferecemos um acompanhamento especializado no pós-implante de marcapasso, com:
1. Equipes Médicas Habilitadas: Cardiologistas e arritmologistas com experiência no manuseio, programação e controle desses dispositivos.
2. Exames Avançados de Imagem: Como ecocardiograma e outros métodos para avaliar a função cardíaca associada ao marcapasso.
3. Orientação Contínua: Esclarecimento de dúvidas, atualização das restrições e ajustes conforme a evolução do paciente.
Para agendar sua consulta de revisão, entre em contato pelo site www.prevencordis.com.br ou pelo telefone disponibilizado no site. Cuidar do seu marcapasso é essencial para garantir um ritmo cardíaco seguro e uma vida com mais qualidade.
Conclusão
O implante de um marcapasso é uma grande conquista para pacientes com alterações de ritmo cardíaco, porém requer cuidados permanentes e revisões periódicas com profissionais especializados. Ao seguir as
recomendações médicas e manter o acompanhamento regular, é possível prevenir complicações, prolongar a vida útil do dispositivo e garantir o melhor funcionamento possível para o coração. A Prevencordis está à disposição para oferecer todo o suporte necessário nesse processo, priorizando uma abordagem preventiva e individualizada para cada paciente.
Referências
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
European Society of Cardiology (ESC)
Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP)
Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC)
Departamento de Arritmias da SBC