Fatos e Mitos sobre o Infarto

Fatos e Mitos sobre Infarto

As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes no mundo, de acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2017, foram mais de 17 milhões de óbitos decorrentes dessas doenças. O infarto do miocárdio é uma delas e é responsável por cerca de 300 mil casos por ano no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Estima-se que 30% dos casos são fatais.  

Fatores como estilo de vida, hábitos alimentares e tabagismo são determinantes para aumento do risco de infarto. O médico cardiologista Tarcis Sawaia El Messane (CRM 9542/RQE 6783) alerta para as doenças assintomáticas que contribuem para a elevação do número de casos. “Hipertensão, diabetes e colesterol alto podem ser assintomáticos. A obesidade e o sedentarismo também estão mais presentes na vida das pessoas. Esses fatores podem ser determinantes para o surgimento do infarto”, completa.

Com tantas informações e pela gravidade da doença, dúvidas são bastante comuns entre a população em geral. Dr. Tarcis, médico cardiologista da Prevencordis, no centro de Florianópolis, desvenda alguns fatos e mitos sobre o problema.

 

Mulheres têm menor risco de sofrer infarto

Mito.

Proporcionalmente, as mulheres têm um risco menor de infarto do que o homem até a menopausa. A partir da menopausa, quando a mulher perde a proteção hormonal, o risco passa a ser similar ao do homem.

De maneira geral, o risco comparado com o homem é de 10 anos na frente. Ou seja, se o risco de infarto aumenta no homem de 45 anos, na mulher esse risco aumentaria a partir dos 55 anos. Nas mulheres com menopausa precoce, o risco acaba sendo semelhante ao do homem.

Além disso, outros fatores vêm influenciando no aumento do risco de infarto em mulheres, se comparado com dados estatísticos mais antigos. Atualmente, a mulher tem uma tripla jornada e, com isso, há mais estresse, mais ansiedade. O tabagismo entre as mulheres também aumentou nos últimos tempos, apesar de já vir reduzindo a cada ano.

Esses fatores aumentam o risco de infarto, que atualmente é comparado igualmente entre homens e mulheres.

 

É mais comum sofrer infarto pela manhã

Fato.

A frequência cardíaca e a pressão arterial são um pouco mais altas no início da manhã. Isso acaba sendo um fator que está associado a um maior risco de infarto nesse período do dia. 

Por esse motivo, muitos pacientes questionam se é pior fazer atividades físicas de manhã. No entanto, já foi comprovado cientificamente que não existe um período do dia específico que eleve o risco de infarto. Muito pelo contrário. Alguns autores defendem que fazer exercício pela manhã pode ser um fator de proteção contra o infarto. Isso porque, apesar de ter uma variação de pressão arterial e de frequência cardíaca durante a atividade física, depois é normal que tanto a pressão quanto a frequência fiquem mais baixas. Além disso, a prática acaba ajudando no controle de estresse e ansiedade que também são fatores de risco para o infarto.

 

Jovens abaixo de 40 anos não têm risco de infarto

Mito.

O perfil do jovem atual contribui para o aumento dos índices de infarto nessa faixa etária. O estilo de vida atual, com estresse cada vez mais cedo, tabagismo, aumento do índice de sobrepeso, obesidade e sedentarismo, influencia no aumento do risco de desenvolver a doença. Esses fatores também podem levar à hipertensão, colesterol alto e diabetes, que elevam ainda mais as chances de infarto do miocárdio.

 

Sintomas do infarto nas mulheres podem ser diferentes do que nos homens

Fato.

Nem sempre a mulher tem a dor típica do infarto, que é a dor em aperto, compressão no peito que irradia para o braço esquerdo ou para pescoço e para a mandíbula. Às vezes, a mulher sente um desconforto atípico, como uma pontada e dor no peito que piora com a respiração.

As mulheres idosas podem ter sintomas ainda mais diferentes. Existe a probabilidade, inclusive, de sofrerem de infarto sem sentirem dor, apenas com falta de ar, mal-estar e palidez. Por esse motivo, essa faixa etária gera bastante preocupação. O cuidado é redobrado na emergência quando se avalia uma paciente com esse perfil.  

Os sintomas atípicos nas mulheres acabam contribuindo para uma demora maior no diagnóstico e no tratamento. No caso de infarto, isso é muito perigoso, pois quanto mais tempo se leva para tomar as primeiras medidas, maior é o dano no músculo cardíaco e maiores as chances de complicações.

 

Infarto é sempre fatal

Mito.

Nem sempre o infarto leva à morte. O diagnóstico precoce e o tratamento correto aumentam a sobrevida do paciente que sofreu com este problema. No entanto, o modo como ocorreu o ataque cardíaco é determinante no sucesso do tratamento.

Existem, basicamente, dois tipos de infarto que são consequências de duas situações anatômicas diferentes. Ambas podem ser observadas pelo exame de eletrocardiograma.

Uma delas – e a mais grave, é quando acontece o infarto com supra desnivelamento do segmento ST. Nele, há uma obstrução completa da artéria, impedindo o fluxo sanguíneo. Nesse caso, o tratamento deve ser imediato, com realização de um cateterismo de emergência para fazer uma angioplastia primária.

Nos grandes centros, esse tipo de tratamento está disponível nas emergências, tanto na rede pública quanto na privada. No entanto, nos locais onde não há esse tratamento disponível, usa-se um medicamento trombolítico para dissolver o coágulo e melhorar a circulação.

O outro tipo é o infarto sem supra desnivelamento do segmento ST. Nesse caso – ou na maior parte dos casos, observa-se uma obstrução da artéria maior do que 70%. No entanto, é possível sofrer infarto com obstrução menor. O tratamento para esse tipo é medicamentoso, inicialmente para estabilizar o paciente. A partir daí, segue-se para uma investigação maior, que vai definir a necessidade de um cateterismo nas primeiras 24 horas ou se é possível esperar.  

O local que ocorreu a obstrução da artéria também é determinante para a gravidade do infarto. De toda forma, o atendimento precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.

 

Pressão alta sem sintomas é fator de risco para infarto

Fato.

A pressão alta ou hipertensão pode ser silenciosa. É muito comum os pacientes não sentirem nenhum sintoma. No entanto, o aumento da pressão arterial é um fator de risco importante para o infarto e para outras doenças cardiovasculares. De acordo com o Ministério da Saúde, um a cada quatro adultos sofre de hipertensão no Brasil. Por ano, são registradas mais de 300 mil mortes decorrentes de doenças do coração.

Por não apresentar sintomas, muitas pessoas acabam não tratando a doença precocemente, o que contribui para o aumento do risco. Adotar hábitos de vida saudáveis e medir a pressão frequentemente são atitudes que podem evitar o risco de complicações mais graves.

 

Pessoas que já sofreram infarto não correm risco de ter novamente

Mito.

Muito pelo contrário. O principal fator de risco para sofrer infarto é já ter tido um episódio uma vez. Dessa forma, quem já teve o problema deve ter um cuidado redobrado com o controle dos fatores de risco. Então, manter a pressão arterial controlada, tomar os medicamentos corretamente, seguir uma alimentação saudável, com diminuição da ingestão de sal, manter o peso e praticar atividades físicas regularmente são fundamentais.  

 

O tratamento precoce do infarto reduz riscos de complicações

Fato.

A agilidade no atendimento médico é capaz de evitar as complicações do infarto, principalmente nas primeiras três horas após o início dos sintomas. Quando a artéria fica ocluída, o músculo cardíaco passa a não receber oxigênio, causando morte celular e perda de função do coração. Dessa forma, quando se consegue restabelecer o fluxo sanguíneo nas primeiras horas, existe uma boa chance de recuperar a área atingida.

Por isso, é muito importante estar atento aos sintomas e procurar auxílio médico nas primeiras horas. O sucesso do tratamento vai depender da busca precoce pelo atendimento de emergência.

 

A prevenção é sempre o melhor caminho para evitar o aparecimento de doenças. Adotar hábitos de vida saudáveis, praticar atividades físicas regularmente e visitar o médico com frequência são atitudes que podem salvar vidas. Para as pessoas que já sofreram de infarto, fica o alerta. É fundamental seguir corretamente o tratamento e, assim, evitar novos eventos e complicações. Conte com a Clínica Prevencordis para seu acompanhamento cardiológico e cuide da sua saúde!.

 

Conheça a Prevencordis

Somos uma clínica médica de cardiologia, localizada no centro de Florianópolis/SC. Aqui, você pode realizar consultas de especialidades médicas, como Cardiologia, Cirurgia Cardiovascular e Vascular, Eletrofisiologia, entre outras.

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